sexta-feira, 3 de fevereiro de 2017

Educadores não podem ser produzidos...
Educadores nascem...
Como nascem estes educadores?
Onde nasce este educador?
Estas respostas estão dentro de cada um de nós, basta realmente olharmos para dentro de nós mesmos e refletirmos se estamos dispostos a entrar num mundo com diversidades, adversidades, dificuldades, algumas decepções, mas acima de tudo isso..um mundo mágico, onde um sorriso de alegria ao aprender a ler sua primeira palavra não há dinheiro nenhum que pague.

           

              O TEMPO E O ESPAÇO NA APRENDIZAGEM
                  

A imagem da escola, concebida historicamente, onde meninos e meninas de uma certa idade freqüentariam esse espaço projetado para cumprir a função de ensinar os conteúdos considerados clássicos, durante um tempo estabelecido e de uma maneira silenciosa e quase que contemplativa, não é a imagem nem a realidade que se conhece hoje. Quem trabalhou em uma escola de Ensino Fundamental ou quem lá trabalha, conhece muito bem como cada dia se configura. Tanto alunos como professores, não são apenas sujeitos contemplativos nessa instituição. É nesse dia-a-dia que os professores se deparam com muitos desafios em sua prática docente, alguns advindos de sua formação, outros administrativos, políticos, pedagógicos quanto aqueles que constituem as representações sobre o aluno e sobre a infância. Entrelaçado nestes desafios está, o fato de buscar compreender o significado da diversidade em sala de aula e de poder desenvolver um trabalho pedagógico voltado a essa questão.
Lima (1999, p.8) apresenta uma questão muito relevante sobre a aprendizagem e a relação com o tempo, quando afirma que o planejamento não deve ter apenas 1473 previsão de situações de aprendizagem, deve ter também o planejamento do tempo em que tais situações levarão para serem executadas e depois refletidas, para que o aluno possa fazer uma elaboração mental e consiga estabelecer relações, processar a informação, reformular a ação feita. Portanto refletir sobre a questão do tempo e do espaço no planejamento das atividades escolares, se traduz em um eixo muito importante para o desenvolvimento de ações que auxiliem tanto professores quanto alunos
Segundo Paulo Freire: “Há uma pedagogia indiscutível na materialidade do espaço.” ( FREIRE, 1999:49)

                                                                                                   

Educar Por Rubem Alves

- Educar -
“Educar é mostrar a vida
a quem ainda não a viu.
O educador diz: “Veja!”
- e, ao falar, aponta.
O aluno olha na
direção apontada e
vê o que nunca viu.
Seu mundo
se expande.
Ele fica mais
rico interiormente...”
“E, ficando mais rico interiormente, ele
pode sentir mais alegria
e dar mais alegria -
que é a razão pela
qual vivemos.”
“Já li muitos livros sobre psicologia da educação, sociologia da educação, filosofia da educação – mas, por mais que me esforce, não consigo me lembrar de qualquer referência à educação do olhar ou à importância do olhar na educação, em qualquer deles.”
“A primeira tarefa da
educação é ensinar a ver...
“É através dos olhos que as
crianças tomam contato com
a beleza e o fascínio do mundo...”
“Os olhos têm de ser educados
para que nossa alegria aumente.”
“A educação se divide em duas partes:
educação das habilidades
e educação das sensibilidades...”
“Sem a educação das sensibilidades,
todas as habilidades
são tolas e sem sentido.”
“Sem a educação
das sensibilidades,
todas as habilidades
são tolas e
sem sentido.”
“Os conhecimentos nos dão meios para viver.
A sabedoria nos dá razões para viver.”
“Quero ensinar as crianças.
Elas ainda têm
olhos encantados.
Seus olhos são dotados daquela qualidade que,
para os gregos,
era o início do pensamento:...”
“...a capacidade de
se assombrar
diante do banal
“Para as crianças,
tudo é espantoso:
um ovo, uma minhoca, uma concha de caramujo, o vôo dos urubus,
os pulos dos gafanhotos, uma pipa no céu,
um pião na terra.
Coisas que os
eruditos não vêem.”
“Na escola eu aprendi complicadas classificações botânicas,
taxonomias, nomes latinos – mas esqueci.
Mas nenhum professor jamais chamou a minha atenção para a beleza de uma árvore...
...ou para
o curioso
das simetrias
das folhas.”
“Parece que, naquele tempo, as escolas estavam mais preocupadas em fazer com que os alunos decorassem palavras
que com a realidade
para a qual
elas apontam.”
“As palavras só têm sentido se nos ajudam a ver o mundo melhor.
Aprendemos palavras
para melhorar os olhos.”
“As palavras só têm sentido se nos ajudam a ver o mundo melhor.
Aprendemos palavras
para melhorar os olhos.”
“Aprendemos palavras para melhorar os olhos.”
“As palavras só
têm sentido
se nos ajudam a ver
o mundo melhor.”
“Aprendemos palavras
para melhorar
os olhos.”
O ato de ver
não é coisa natural.
Precisa ser
aprendido.”
“Há muitas pessoas
de visão perfeita
que nada vêem...
O ato de ver não é coisa natural.
Precisa ser aprendido.”
“Há muitas pessoas
de visão perfeita
que nada vêem...
“Quando a gente
abre os olhos,
abrem-se as
janelas do corpo,
e o mundo aparece refletido dentro
da gente.”
“São as crianças que, sem falar, nos ensinam as razões para viver.
Elas não têm
saberes a transmitir.
No entanto,
elas sabem o essencial da vida.”
“Quem não muda sua maneira adulta de ver e sentir
e não se torna como criança
jamais será sábio.”

## Este me remete a atividade realizada na interdisciplina de Seminário Integrador sobre o olhar e o ver..
 E o quanto precisamos exercitar o nosso olhar.
O olhar  para o além do que simplesmente se vê.
Na educação, principalmente na alfabetização, isto precisa acontecer a toda momento, pois nossas crianças são muito especiais.
                   

                      Fotografia e Memória

À fotografia foi agregado um elevado status de credibilidade devido à possibilidade de registrar partes selecionadas do mundo “real”, da forma como “realmente” se apresentam. Assim, como a palavra fotografia5 , que do grego significa a “escrita da luz”, a palavra memória também traz consigo traços de credibilidade, por evidenciar os fatos como se parecem, por mostrar os caminhos da lembrança.
A galeria de retratos democratizou-se e cada família tem, na pessoa do seu chefe, o seu retratista. Fotografar as suas crianças é fazer-se historiógrafo da sua infância e preparar-lhes, como um legado, a imagem dos que foram... O álbum de família exprime a verdade da recordação social. Nada se parece menos com a busca artística do tempo perdido do que estas apresentações comentadas das fotografias de família, ritos de integração a que a família sujeita os seus novos membros. As imagens do passado dispostas em ordem cronológica, “ordem das estações” da memória social, evocam e transmitem a recordação dos acontecimentos que merecem ser conservados porque o grupo vê um fator de unificação nos monumentos da sua unidade passada ou, o que é equivalente, porque retém do seu passado as confirmações da sua unidade presente. É por isso que não há nada que seja mais decente, que estabeleça mais uma confiança e seja mais edificante do que um álbum de família: todas as aventuras singulares que a recordação individual encerra na particularidade de um segredo são banidas e o passado comum ou, se se quiser, o mais pequeno denominador comum do passado tem o brilho quase presunçoso de monumento funerário freqüentado assiduamente. (BOURDIEU, 1965, p.53-54)


A princípio, a memória nos parece ser individual, um fenômeno pessoal, relativamente íntimo, próprio da pessoa. Mas o sociólogo francês Maurice Halbwachs (1990) já havia dito que a memória deveria ser entendida, sobretudo, como um fenômeno coletivo e social, ou seja, como um fenômeno construído coletivamente e submetido a flutuações, mutações, transformações constantes

Também na fotografia, o espaço e o tempo cravados no recorte são elementos indissociáveis, são marcas indeléveis à sua construção e de vital importância a sua rememoração. “Tal ação ocorre num preciso lugar, numa determinada época, isto é, toda e qualquer fotografia tem sua gênese num específico espaço e tempo, suas coordenadas de situação.” (KOSSOY, 1999, p.26)

Assim como a fotografia, a memória também recria o “real”. Portanto fotografia é memória e com ela se confunde. É o que nos permite até viver.


Desde quando pequena já havia feito minha escolha- ser professora. Esta imagem retrata bem como eu fazia na minha infância, dando aula para  meus alunos imaginários.
Chegado o momento, ingressei no magistério no ano de 1990 e me formei em 1994




Foto ilustrativa, retirada da internet https://www.google.com.br/www.sibgloria.com.br  
Me formei no magistério no:
                                                    








Iniciei minhas experiências docentes numa escola de Educação Infantil chamada Creche Elsinha


Aqui, vivi grande experiências tanto profissionais quanto pessoais que carrego comigo até hoje, tais como o carinho que devemos ter por seres tão especiais que são as crianças, principalmente porque precisam ficar num local distante de suas casas enquanto seus pais trabalham. Senti o quanto é importante este trabalho, saber driblar a dor da separação entre seus pais, mesmo sendo por algumas horas e fazer estes pequenos se alegrarem pelas mínimas coisas...foi gratificante demais.

Alguns tempo depois, fiz concurso público para o cargo de professor e para minha alegria fui aprovada.
Minha primeira escola pública foi Esc. Est. Jerônimo de Ornelas no ano de 2001.
Lá pude vivenciar com meus alunos algumas experiências muito significativas com relação a aprendizagem, tais como: visita ao museu da Brigada Militar na Academia da Brigada, visita ao museu Júlio de Castilhos.
Esses projetos valeram por muitas aulas, o vivenciar de perto, fora da sala de aula foi muito produtivo.




Enfim, foram muitas atividades registradas em fotografias e que podem sim se confundir com o real.
As fotografias além de significarem lembranças, mas não são simples momentos registrados, eles vêm carregados de sentimentos. Ao mesmo tempo podem também significar objetos de manipulação para aprendizagem.
  A fotografia é tão importante para a sociedade, ela veio para mudar a histórias do mundo, proporcionando a todos um instrumento importante na busca da própria identidade. A foto nada mais é do que a testemunha ocular do fato, é a existência contida na imagem comprovando o que realmente ocorreu naquele instante.
Um antigo provérbio chinês já diz tudo sobre a fotografia: “Uma imagem fala mais do que mil palavras.”