Fotografia e Memória
À
fotografia foi agregado um elevado status de credibilidade devido à
possibilidade de registrar partes selecionadas do mundo “real”, da forma como
“realmente” se apresentam. Assim, como a palavra fotografia5 , que do grego
significa a “escrita da luz”, a palavra memória também traz consigo traços de
credibilidade, por evidenciar os fatos como se parecem, por mostrar os caminhos
da lembrança.
A
galeria de retratos democratizou-se e cada família tem, na pessoa do seu chefe,
o seu retratista. Fotografar as suas crianças é fazer-se historiógrafo da sua
infância e preparar-lhes, como um legado, a imagem dos que foram... O álbum de
família exprime a verdade da recordação social. Nada se parece menos com a
busca artística do tempo perdido do que estas apresentações comentadas das
fotografias de família, ritos de integração a que a família sujeita os seus
novos membros. As imagens do passado dispostas em ordem cronológica, “ordem das
estações” da memória social, evocam e transmitem a recordação dos
acontecimentos que merecem ser conservados porque o grupo vê um fator de
unificação nos monumentos da sua unidade passada ou, o que é equivalente,
porque retém do seu passado as confirmações da sua unidade presente. É por isso
que não há nada que seja mais decente, que estabeleça mais uma confiança e seja
mais edificante do que um álbum de família: todas as aventuras singulares que a
recordação individual encerra na particularidade de um segredo são banidas e o
passado comum ou, se se quiser, o mais pequeno denominador comum do passado tem
o brilho quase presunçoso de monumento funerário freqüentado assiduamente.
(BOURDIEU, 1965, p.53-54)
A
princípio, a memória nos parece ser individual, um fenômeno pessoal,
relativamente íntimo, próprio da pessoa. Mas o sociólogo francês Maurice
Halbwachs (1990) já havia dito que a memória deveria ser entendida, sobretudo,
como um fenômeno coletivo e social, ou seja, como um fenômeno construído
coletivamente e submetido a flutuações, mutações, transformações constantes
Também
na fotografia, o espaço e o tempo cravados no recorte são elementos
indissociáveis, são marcas indeléveis à sua construção e de vital importância a
sua rememoração. “Tal ação ocorre num preciso lugar, numa determinada época,
isto é, toda e qualquer fotografia tem sua gênese num específico espaço e
tempo, suas coordenadas de situação.” (KOSSOY, 1999, p.26)
Assim
como a fotografia, a memória também recria o “real”. Portanto fotografia é
memória e com ela se confunde. É o que nos permite até viver.
Desde
quando pequena já havia feito minha escolha- ser professora. Esta imagem
retrata bem como eu fazia na minha infância, dando aula para meus alunos imaginários.
Chegado
o momento, ingressei no magistério no ano de 1990 e me formei em 1994
Me
formei no magistério no:
Iniciei
minhas experiências docentes numa escola de Educação Infantil chamada Creche
Elsinha
Aqui,
vivi grande experiências tanto profissionais quanto pessoais que carrego comigo
até hoje, tais como o carinho que devemos ter por seres tão especiais que são
as crianças, principalmente porque precisam ficar num local distante de suas
casas enquanto seus pais trabalham. Senti o quanto é importante este trabalho,
saber driblar a dor da separação entre seus pais, mesmo sendo por algumas horas
e fazer estes pequenos se alegrarem pelas mínimas coisas...foi gratificante
demais.
Alguns
tempo depois, fiz concurso público para o cargo de professor e para minha
alegria fui aprovada.
Minha
primeira escola pública foi Esc. Est. Jerônimo de Ornelas no ano de 2001.
Lá
pude vivenciar com meus alunos algumas experiências muito significativas com
relação a aprendizagem, tais como: visita ao museu da Brigada Militar na
Academia da Brigada, visita ao museu Júlio de Castilhos.
Esses
projetos valeram por muitas aulas, o vivenciar de perto, fora da sala de aula
foi muito produtivo.
Enfim,
foram muitas atividades registradas em fotografias e que podem sim se confundir
com o real.
As
fotografias além de significarem lembranças, mas não são simples momentos
registrados, eles vêm carregados de sentimentos. Ao mesmo tempo podem também
significar objetos de manipulação para aprendizagem.
A fotografia é tão importante para a
sociedade, ela veio para mudar a histórias do mundo, proporcionando a todos um
instrumento importante na busca da própria identidade. A foto nada mais é do
que a testemunha ocular do fato, é a existência contida na imagem comprovando o
que realmente ocorreu naquele instante.
Um
antigo provérbio chinês já diz tudo sobre a fotografia: “Uma imagem fala mais
do que mil palavras.”
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