SER PROFESSOR NA ERA DIGITAL
Hoje
a mídia é mais do que um recurso, é parte da cultura e está presente na vida
das pessoas e ela precisa ser incorporada e utilizada no trabalho em sala de
aula.
As
ferramentas digitais vem cada vez mais sendo indispensável para realizarmos
nossas atividades, tanto pessoalmente quanto profissionalmente. Em nossas
escolas ainda caminhamos de forma lenta, pois esbarramos na burocracia do
governo, na falta de investimentos em infraestrutura. Em especial na escola em
que trabalho, seguidamente temos dificuldades em utilizar o laboratório de
informática, pois uma hora não temos internet por falta de pagamento( governo
atrasa o repasse de verbas), ou a internet não é boa o suficiente para realizar
determinados trabalhos.
Neste
contexto, a informática na educação se insere pela necessidade de transpor as
fronteiras do educar convencional. Tudo que se modernizou na educação até o
advento da informática se tornou convencional, esta nova forma pedagógica vem
possibilitar uma nova forma de trabalhar os conteúdos, convertendo a aula num
possível novo espaço de interação, de troca de resultados, tudo isto adaptado à
nova realidade do educando.
Hoje
estamos vivendo outra transição revolucionária: da cultura escrita para a
digital. A era digital está desenvolvendo uma nova relação com o conhecimento.
As
tecnologias passaram a fazer parte de nosso cotidiano e através delas o acesso
à informação tornou-se cada vez mais fácil e rápido. Elas nos permitiram
“ampliar o conceito de aula, de espaço e de tempo, estabelecendo novas pontes
entre o estar juntos fisicamente e virtualmente” (MORAN, 2004, p.8).
Lévy
(2000, p. 171) diz que a direção mais promissora, que por sinal traduz a
perspectiva da inteligência coletiva no domínio educativo, é a da aprendizagem
cooperativa. Alguns dispositivos informatizados de aprendizagem em grupo são
especialmente concebidos para o compartilhamento de diversos bancos de dados e
o uso de conferências e correio eletrônicos. Em “campus virtuais”, os
professores e estudantes partilham os recursos materiais e informacionais de
que dispõem. Os professores aprendem ao mesmo tempo em que os estudantes e
atualizam continuamente seus saberes “disciplinares” como suas competências
pedagógicas. Os estudantes podem participar de conferências eletrônicas
desterritorializadas nas quais intervêm os melhores pesquisadores de sua
disciplina. A partir daí, a principal função do professor não pode mais ser uma
difusão dos conhecimentos, que agora é feita de forma mais eficaz por outros
meios. Sua competência deve deslocar-se no sentido de incentivar a aprendizagem
e o pensamento. O professor torna-se um 'animador da inteligência coletiva' dos
grupos que estão a seu encargo. Sua atividade será centrada no acompanhamento e
na gestão das aprendizagens: o incitamento à troca dos saberes, a mediação
relacional e simbólica, a pilotagem personalizada dos percursos de
aprendizagem, etc
Lea
Fagundes (2012) reforça dizendo que o desafio não é de integrar as tecnologias
no currículo, mas de integrar a escola na cultura digital, porque a escola
permanece com sua cultura tradicional e quando se apropria da tecnologia quer a
colocar a serviço da conservação do passado. A cultura digital é uma nova cultura.
Com
base nas leituras realizadas, realmente é um grande desfio como professores que
nascemos em outro momento, ou seja, as ferramentas digitais não eram tão
presentes em nosso meio e agora a tecnologia explode a cada semana com uma
novidade digital, como se manter vivo digitalmente falando. Nossos alunos
chegam desde o primeiro ano das séries iniciais esbanjando sabedoria sobre este
assunto e nós? As vezes me sinto uma analfabeta digital, pois preciso estar o
tempo todo correndo atrás de informações afim de conseguir acompanhar meu aluno
e tentar fazer da minha prática pedagógica algo prazeroso, que também seja
novidade para eles e que cause curiosidade em buscar mais, participar,
construir. Confesso que essa tarefa não é nada fácil, mas não vou desistir.
REFERÊNCIAS
LAMAISON,
Mariza de Lurdes Lama, Aline Fátima Banhara, Anelice Maria Banhara Figueiredo-A
APRENDIZAGEM COLETIVA E O NOVO PAPEL DOS PROFESSORES
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