sexta-feira, 1 de junho de 2018



                                                  SER PROFESSOR NA ERA DIGITAL
Hoje a mídia é mais do que um recurso, é parte da cultura e está presente na vida das pessoas e ela precisa ser incorporada e utilizada no trabalho em sala de aula.
As ferramentas digitais vem cada vez mais sendo indispensável para realizarmos nossas atividades, tanto pessoalmente quanto profissionalmente. Em nossas escolas ainda caminhamos de forma lenta, pois esbarramos na burocracia do governo, na falta de investimentos em infraestrutura. Em especial na escola em que trabalho, seguidamente temos dificuldades em utilizar o laboratório de informática, pois uma hora não temos internet por falta de pagamento( governo atrasa o repasse de verbas), ou a internet não é boa o suficiente para realizar determinados trabalhos.
Neste contexto, a informática na educação se insere pela necessidade de transpor as fronteiras do educar convencional. Tudo que se modernizou na educação até o advento da informática se tornou convencional, esta nova forma pedagógica vem possibilitar uma nova forma de trabalhar os conteúdos, convertendo a aula num possível novo espaço de interação, de troca de resultados, tudo isto adaptado à nova realidade do educando.
Hoje estamos vivendo outra transição revolucionária: da cultura escrita para a digital. A era digital está desenvolvendo uma nova relação com o conhecimento.
As tecnologias passaram a fazer parte de nosso cotidiano e através delas o acesso à informação tornou-se cada vez mais fácil e rápido. Elas nos permitiram “ampliar o conceito de aula, de espaço e de tempo, estabelecendo novas pontes entre o estar juntos fisicamente e virtualmente” (MORAN, 2004, p.8).
Lévy (2000, p. 171) diz que a direção mais promissora, que por sinal traduz a perspectiva da inteligência coletiva no domínio educativo, é a da aprendizagem cooperativa. Alguns dispositivos informatizados de aprendizagem em grupo são especialmente concebidos para o compartilhamento de diversos bancos de dados e o uso de conferências e correio eletrônicos. Em “campus virtuais”, os professores e estudantes partilham os recursos materiais e informacionais de que dispõem. Os professores aprendem ao mesmo tempo em que os estudantes e atualizam continuamente seus saberes “disciplinares” como suas competências pedagógicas. Os estudantes podem participar de conferências eletrônicas desterritorializadas nas quais intervêm os melhores pesquisadores de sua disciplina. A partir daí, a principal função do professor não pode mais ser uma difusão dos conhecimentos, que agora é feita de forma mais eficaz por outros meios. Sua competência deve deslocar-se no sentido de incentivar a aprendizagem e o pensamento. O professor torna-se um 'animador da inteligência coletiva' dos grupos que estão a seu encargo. Sua atividade será centrada no acompanhamento e na gestão das aprendizagens: o incitamento à troca dos saberes, a mediação relacional e simbólica, a pilotagem personalizada dos percursos de aprendizagem, etc
Lea Fagundes (2012) reforça dizendo que o desafio não é de integrar as tecnologias no currículo, mas de integrar a escola na cultura digital, porque a escola permanece com sua cultura tradicional e quando se apropria da tecnologia quer a colocar a serviço da conservação do passado. A cultura digital é uma nova cultura.
Com base nas leituras realizadas, realmente é um grande desfio como professores que nascemos em outro momento, ou seja, as ferramentas digitais não eram tão presentes em nosso meio e agora a tecnologia explode a cada semana com uma novidade digital, como se manter vivo digitalmente falando. Nossos alunos chegam desde o primeiro ano das séries iniciais esbanjando sabedoria sobre este assunto e nós? As vezes me sinto uma analfabeta digital, pois preciso estar o tempo todo correndo atrás de informações afim de conseguir acompanhar meu aluno e tentar fazer da minha prática pedagógica algo prazeroso, que também seja novidade para eles e que cause curiosidade em buscar mais, participar, construir. Confesso que essa tarefa não é nada fácil, mas não vou desistir.


  REFERÊNCIAS
LAMAISON, Mariza de Lurdes Lama, Aline Fátima Banhara, Anelice Maria Banhara Figueiredo-A APRENDIZAGEM COLETIVA E O NOVO PAPEL DOS PROFESSORES


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